Local dos jogos:

Estacionamento do Helder
Cruzamento das avenidas Domingos Olimpio e Dom Manuel, por detrás da Farmácia Central.


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

1º de Setembro... O dia que Fortaleza parou!







O dia raiou e os corintianos colocaram suas camisas e seguiram seus rumos. Nas ruas carros com bandeiras e pessoas com camisas. Os preparativos para uma enchente estavam começando. Sim, caros leitores, enchente!
Ás 19:00 horas, a FIEL CE fazia o aquecimento com hino, cantos e fogos no Aterrinho da Beira Mar; aos poucos surgiam mais corações preto e branco. Turistas se impressionaram, torcedores de outros times passavam por ali com um ar de “por que meu time não é capaz disso?”
Pontualmente ás 20:00 horas, os LOUCOS davam a largada da CARREATA DO CENTENÁRIO que literalmente parou o trânsito da Avenida Beira Mar até o Estacionamento do Helder localizado na Aguanambi. Pedestres, motos, carros e até ônibus que passavam ao lado entraram na comemoração.
A enchente de corintiana fez a festa não só na demonstração do seu amor nas ruas, mas após a chegada no estacionamento com mais fogos, mais cantos e os parabéns ao Corinthians pelos 100 anos de história e glórias & parabéns à Fiel CE por um ano de existência! Aquela foi uma festa inexplicável.
Obrigada nação Fiel, obrigada CORINTHIANS!

Bom, carreata a parte, segue abaixo uma carta escrita pelo, jornalista & são paulino, Rica Perrone:
Quando garoto, são paulino como todos sabem, eu odiava o Corinthians.
Naturalmente, pois todo tricolor é assim, e vice-versa. O tempo passou, eu
me tornei jornalista, passei a conhecer torcedores, dirigentes e jogadores
de todos os clubes, e assim meu "ódio" sumiu.

No lugar dele veio o respeito, pois quando se enxerga mais do que um só
clube sua visão muda completamente. Ali, no meio da torcida no Pacaembu,
aprendi e entendi porque eu odiava o Corinthians.

E hoje, quando o Timão faz 100 anos, faço questão de prestar uma homenagem
a uma das mais belas torcidas que conheço, assim como um dos maiores clubes
do mundo.

Eu nunca entendi, quando garoto, porque aquele time que não tinha estádio,
não tinha nem Brasileirão ainda, acabara de sair de uma fila gigante e sem
estrutura poderia se comparar ao meu.

Afinal, como esse time pode ter mais torcida que outros que vivem bom
momento? Como é possível tanta gente gostar e idolatrar um clube que mais
decepciona do que dá alegrias?

Porque a mídia falava tanto do Corinthians? Porque o clássico era, pra
imprensa, "Corinthians e São Paulo", e não o contrário? Porque eles vendiam
na crise, porque eles tinham destaque na TV todo dia mais que os outros?

Que diabos de bonito havia em jogar num estádio pequeno e alugado? Porque
era tão "importante" pra eles serem "fieis" na alegria e na dor? Porque
exaltar a dor?

Nunca entendi, pois meu time não deixava. Ele é muito diferente do
Corinthians, quase o extremo oposto.

Até que passei a estudar, conhecer, respeitar, amadurecer. E assim, junto
com a paixão pelo futebol em geral, veio o respeito e o entendimento de
tudo que jamais consegui entender.

Ele é o que é porque sua história representa mais do que um clube.
Representa o operário vencendo a elite. Representa o povão encarando os
ricos, saindo da várzea para ser protagonista entre a elite. E sua origem é
essa, belíssima.
Representa mais do que futebol. Representa, em seu começo, uma classe. E
assim como Gremio e Inter, envolve muito mais do que 11 caras e uma bola.
Tem politica, lado social, cultural, etc.

Mal estruturado, mal administrado, como quase todos os clubes brasileiros
já foram um dia, ou são até hoje.

Mas conquistou algo que raros conseguiram, que é uma torcida gigante e
"fiel". E fiel é aquele que está ali na alegria e na dor, como nota-se o
crescimento da massa alvi-negra nos extremos momentos de dor.

E foi ali, no Pacaembu, que é sim o "estádio do Corinthians", como Maracanã
é o do Flu e do Fla, como o San Siro é do Milan e da Inter, que notei
porque eles são tão unidos, tão fortes e tão relevantes.

Na porta do estádio pouco se ouve os argumentos para estarem lá atrelados
ao jogo. "É clássico", "é final". Que nada, "é o Corinthians!".

Eles se acham a mais forte torcida de São Paulo, e são.

Eles confundem um pouco a paixão com a cegueira, como todo torcedor. Eles
juram que o Mundial de 2000 valeu igual os demais, mas eles vão mudar de
idéia quando forem até o Japão e ganharem o que eles mesmos sonham em
ganhar, não assumindo pra não ficar feio.

Eles vão fazer a cidade de São Paulo assistir a uma festa jamais vista
quando ganharem a Libertadores, e isso está perto de acontecer.

Eles nunca foram coadjuvantes. Eles conseguem ser protagonistas na crise,
na boa, na liderança ou na lanterna. Todo santo dia só se fala no
Corinthians. Você liga a TV e discutem a fase do Corinthians. Liga o rádio
e há sempre uma reportagem sobre o Corinthians.

Isso não é "comprado", não é "sorte", é apenas mérito místico de quem
conseguiu se transformar num gigante saindo da lama. E é essa a história.

História que faz do Corinthians alvo de piadinhas, de rótulos não tão
atuais, mas eternos. "Maloqueiro, sofredor, favelado", etc.

Mas que também faz do Corinthians um clube diferenciado, gigante pela
propria natureza, merecedor da nação que o segue.
Já o odiei, já o invejei, já debochei. Quando torcedor, tudo isso cabe e
faz parte. Hipocrita do jornalista que disser que nasceu imparcial. Não
existe, quando garotos somos todos torcedores e só.

Hoje, com 100 anos, o Corinthians anuncia seu estádio tão sonhado, tem uma
das maiores rendas do país, é o clube que tem 2 dos mais famosos jogadores
em atividade no mundo, briga pelo título brasileiro e vai muito bem,
obrigado.

Se as administrações anteriores deixaram o Corinthians atrás da maioria na
estrutura, também deixaram maior na euforia pelas conquistas. Hoje eles
vibram, vislumbram um futuro brilhante, até mais do que seu passado.

Hoje, como sempre, o Corinthians é o protagonista.

E não me espanta, porque é assim há 100 anos, seja pela crise, seja pela
glória.

Aquele bando de loucos que tanto incomoda aos rivais continuará crescendo.
Independente de títulos, crises, rebaixamentos ou problemas
administrativos. Simplesmente porque o Corinthians assim se fez, assim
cresceu e assim se tornou o que é hoje.

Grandeza, quando não se explica, é porque é maior do que pode ser
explicado. E assim é o Corinthians. Parabéns, Fiel!

By Carol Barbosa e Daniel Fernandes

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Carreata do Centenário.


Compareçam,convidem o máximo de amigos corinthianos que puder, participe, afinal não é todo dia que o Todo Poderoso completa 100 anos...